“Os policiais estão adoecendo em silêncio. Precisamos enxergar além da farda e garantir condições de trabalho que preservem a vida e a dignidade desses homens e mulheres que arriscam tudo por nós”, declarou Barichello.
O aumento alarmante no número de mortes de policiais no Brasil em 2024, tanto por violência quanto por suicídio, nesses dois anos primeiros anos do governo Lula, acendeu um sinal de alerta entre especialistas e parlamentares. No Paraná, o deputado estadual delegado Tito Barichello (União Brasil) se destacou por sua firme atuação diante desse cenário preocupante. Líder do Bloco Parlamentar de Segurança Pública na Assembleia Legislativa, Barichello tem demonstrado forte compromisso com a saúde física e mental dos profissionais da segurança pública.
Segundo dados da 19ª edição do Anuário Brasileiro de Segurança Pública, divulgado em julho, o Brasil registrou um aumento de 33,8% nas mortes violentas de policiais entre 2023 e 2024 — de 127 para 170 casos. Os suicídios também cresceram 6,8%, com 126 ocorrências registradas em 2024. A soma desses episódios revela quase 300 mortes de policiais no país, evidenciando uma crise silenciosa que extrapola a violência das ruas: o adoecimento psicológico dentro das corporações.
O deputado delegado Xerifão é autor do Projeto de Lei nº 236/2025, que propõe a criação do Cadastro Estadual de Suicídio, Vitimização e Doenças Psicológicas dos Profissionais da Segurança Pública do Paraná. O objetivo é fornecer uma base de dados sólida para a formulação de políticas públicas de prevenção, acompanhamento psicológico e promoção da saúde integral desses profissionais.
“Os policiais estão adoecendo em silêncio. Precisamos enxergar além da farda e garantir condições de trabalho que preservem a vida e a dignidade desses homens e mulheres que arriscam tudo por nós”, declarou Barichello.
Foco em dados para agir com precisão
O Cadastro proposto deverá reunir informações sobre episódios de vitimização, tentativas de suicídio, suicídios consumados e diagnósticos médicos relacionados a transtornos psicológicos. Esses dados, segundo o deputado, serão mantidos sob sigilo e utilizados exclusivamente para fins estatísticos e para a elaboração de ações preventivas baseadas em evidências.
Além disso, o projeto prevê a possibilidade de convênios com universidades, centros de pesquisa e instituições de saúde, públicas e privadas, ampliando a cooperação para enfrentar o problema de forma interinstitucional.
Paraná entre os estados com alta taxa de suicídio policial
O Anuário apontou o Paraná como um dos estados com índices de suicídio acima da média nacional entre os profissionais da segurança pública, ao lado de regiões como o Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul e o Distrito Federal. Em alguns estados, como o próprio Paraná, o crescimento foi de 100% em apenas um ano, evidenciando a urgência de medidas específicas e localizadas.
“O maior inimigo do policial hoje não está apenas nas ruas. Está muitas vezes dentro de si, fruto de uma pressão constante, carga emocional elevada e ausência de suporte psicológico adequado. Isso precisa mudar”, defendeu Xerifão.
Compromisso contínuo com a vida dos que protegem a sociedade
O deputado delgado Xerifão reforça que a proposta não interfere na estrutura das corporações, mas sim oferece uma ferramenta técnica e administrativa para subsidiar decisões que salvem vidas.
“Essa é uma luta que não pode mais ser ignorada. Os números falam por si, e cada número é uma vida que poderia ter sido poupada. Estamos tomando a dianteira no Paraná para que nossos agentes tenham o cuidado e a atenção que merecem”, finalizou o parlamentar.
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Por Assessoria de Comunicação: Andrea Quadros
Foto: Alep