Barichello afirmou que não possui “nada contra” essas identidades de gênero, mas questionou a justificativa para a adoção de cotas.
Na manhã desta quarta-feira (23), o deputado estadual Delegado Tito Barichello (União Brasil) utilizou a tribuna da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) para criticar duramente a proposta de criação de cotas específicas para pessoas transexuais, travestis e não binárias em cursos da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), em São Paulo. Segundo o parlamentar, a medida representa o avanço do que chamou de “cultura woke” no ensino público superior.
Durante o discurso, Barichello referiu-se a uma reportagem publicada pela Gazeta do Povo, jornal que, segundo ele, “não vendeu sua ideologia em troca de benefícios por parte do governo federal” e continua “a mostrar as verdades do país”.
“A denúncia feita pela Gazeta do Povo revela fatos gravíssimos. Alunos da Unicamp, que sequer pagam mensalidade — custeada pelo contribuinte — entraram em greve para exigir cotas exclusivas para transexuais, travestis e não binários. Isso é a cultura woke tentando se impor dentro das universidades públicas”, declarou o deputado.
Barichello afirmou que não possui “nada contra” essas identidades de gênero, mas questionou a justificativa para a adoção de cotas. “Onde está a prova de que travestis, transexuais e pessoas não binárias são preteridas no acesso à educação? O Enem não pergunta a orientação sexual de ninguém. O que precisamos é de meritocracia, e não de privilégios com dinheiro público”, completou.
Segundo ele, a proposta dos alunos da Unicamp prevê que cursos com até 30 alunos destinem uma vaga para esse grupo; cursos com mais de 30 alunos, duas vagas. A universidade ainda não se pronunciou oficialmente sobre o modelo.
Projeto de lei estadual
Diante do caso, o deputado anunciou que vai protocolar um projeto de lei no Paraná que proibirá a adoção de cotas específicas para transexuais, travestis e pessoas não binárias em instituições estaduais de ensino superior.
“Não é aceitável que recursos públicos sejam usados para promover privilégios baseados em identidade de gênero. Se querem fazer parte de uma universidade pública, estudem, passem pelo vestibular, como todos os demais”, afirmou o parlamentar.
Por Assessoria de Comunicação
Andrea Quadros
Fotos: Asembleia Legisltiva do Paraná