Deputado Delegado Xerifão participa de Audiência Pública para ouvir demandas dos motofretistas realizada pela vereadora Delegada Thatiana

Barichello, que foi fundamental na implementação do Pedágio Zero e na isenção do IPVA para motos de até 170cc no estado, enfatizou a relevância do debate. “Discutir essa alternativa com o Motoka BR é essencial para fortalecer a autonomia dos motofretistas. Audiências como essa ajudam a garantir apoio do governo para essas iniciativas”, declarou.

(Fotos: Kim Tolentino e Stella Fujisawa/CMC)

Na última quarta-feira (19), a Câmara Municipal de Curitiba (CMC) sediou uma Audiência Pública promovida pela vereadora Delegada Tathiana Guzella (União), reunindo motofretistas para discutir melhorias para a categoria. O deputado estadual Delegado Tito Barichello (União), líder di Bloco de Segurança Pública na Assembleia Legislativa do Paraná, participou do evento e manifestou apoio à criação de um aplicativo de entregas autogerido pelos motofretistas, visando garantir maior autonomia na definição da remuneração.

Barichello, que foi fundamental na implementação do Pedágio Zero e na isenção do IPVA para motos de até 170cc no estado, enfatizou a relevância do debate. “Discutir essa alternativa com o Motoka BR é essencial para fortalecer a autonomia dos motofretistas. Audiências como essa ajudam a garantir apoio do governo para essas iniciativas”, declarou.

Denis Marciano, assessor da vereadora e presidente do Motoclube Abutres, destacou os avanços nas discussões com o Motoka BR, uma plataforma pensada para atender às necessidades dos motofretistas, ao contrário de serviços tradicionais que priorizam lucros empresariais. “O Motoka BR está sendo estruturado por vocês, motofretistas, e não por empresários que querem lucrar com o trabalho alheio. Para avançarmos, é fundamental organização e mobilização”, enfatizou.

A motogirl Carol Gaia, presidente do Motoclube Damas Negras, e o motofretista Alex Viana também apoiaram a iniciativa, ressaltando a necessidade de reconhecimento profissional e respeito à categoria. Barichello chamou atenção para as precárias condições de trabalho e a remuneração insuficiente, alertando para os riscos que os motofretistas enfrentam, mencionando o número alarmante de acidentes. “É inaceitável que recebam R$ 5 ou R$ 6 por atravessar a cidade. Isso é exploração”, afirmou.

Durante a audiência, representantes da Secretaria Municipal de Defesa Social e Trânsito (SMDT) explanaram sobre o projeto da vereadora da implantação da Faixa Verde, que criaria corredores exclusivos para motos. Essa medida ainda depende de autorização federal e adequações técnicas. O superintendente de Trânsito, Bruno Pessuti, ressaltou a importância da análise de fatores legais e técnicos para a implementação. Além disso, a proposta de reduzir os custos para a obtenção da placa vermelha, que identifica veículos de locação, também foi discutida.

William Yano, um motoboy, expressou o descontentamento da categoria com o tratamento recebido pela fiscalização de trânsito, reclamando que, enquanto durante a pandemia eram considerados heróis, agora enfrentam uma abordagem mais rigorosa. O advogado Mário Sérgio Conrado corroborou essa crítica, apontando que muitas infrações atribuídas aos motofretistas são resultantes da necessidade de estacionar para entregas.

O debate encerrou-se com um apelo por maior respeito e melhores condições de trabalho para a categoria, destacando a importância da mobilização e da luta pelos direitos dos motofretistas.

 

Por Assessoria de Comunicação

Andrea Quadros