“Impeachment Já” pede Deputado Delegado Tito Barichello em tribuna na ALEP

Diante deste cenário, o parlamentar irá providenciar, na rua XV de Novembro, em Curitiba, uma barraca de arrecadação de assinaturas para o impeachment do ministro

A semana começou com um pedido do Deputado Estadual Delegado Tito Barichello de “Impeachment Já” ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), feito na Tribuna da Assembleia Legislativa do Paraná, em Sessão Plenária. “Impeachment Já, chega! Os absurdos cometidos pelo ministro Alexandre de Moraes não são perdoáveis. As informações reveladas pela Folha de São Paulo são gigantes em ilegalidades e não devemos aceitar, pois o que está acontecendo no Brasil é uma perseguição daqueles que estão indo contra o sistema”, justifica o parlamentar.

De acordo com o Deputado Delegado Barichello “são mensagens e áudios trocados no âmbito do gabinete do ministro, mostrando que relatórios eram produzidos pelo tribunal, por determinação do ministro e depois usados durante e após as eleições de 2022”.

Diante deste cenário, o parlamentar irá providenciar, na rua XV de Novembro, em Curitiba, uma barraca de arrecadação de assinaturas para o impeachment do ministro, “quero reforçar a importância de lutarmos para que haja o impeachment, dado os fatos, irei montar uma barraca para coletar assinaturas dos paranaenses”.

 

O Caso

O jornal Folha de S. Paulo tem em mãos 6 gigabytes de mensagens e arquivos que detalham como o ministro Alexandre de Moraes no Supremo Tribunal Federal (STF) agiu de forma extraoficial para obter dados e relatórios de alvos específicos. O escritório do ministro solicitou, ao menos 20 vezes – de maneira não oficial – a elaboração de relatórios sobre perfis de aliados de Bolsonaro. Os pedidos foram feitos ao setor de combate à desinformação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Os relatórios deveriam embasar decisões nos inquéritos das milícias digitais e das fake news.

Conforme publicado pelo jornal, as mensagens teriam sido trocadas entre agosto de 2022 e maio de 2023 — ou seja, durante e depois da campanha eleitoral que levou Jair Bolsonaro à derrota. O jornal diz ter em mãos 6 gigabytes de mensagens e arquivos que detalham como o ministro agiu de forma extraoficial para obter dados e relatórios de alvos específicos.

Em um dos casos descritos, o juiz Airton Vieira, assessor de Moraes no STF, enviou um áudio a Eduardo Tagliaferro, então chefe da AEED. Na gravação, Vieira afirmou que Moraes “cismou” e pediu alterações em um relatório para “satisfazer sua excelência”.

O caso em questão eram postagens de Rodrigo Constantino. Dois dias depois, Vieira e Moraes assinaram uma ordem judicial pedindo a derrubada de contas de redes sociais de Constantino e Paulo Figueiredo, influenciador de direita ex-Jovem Pan. Nove dias depois, o Brasil assistiria à manifestação em 8 de Janeiro.

 

Por Assessoria de Imprensa: Andrea Quadros